terça-feira, 24 de agosto de 2010

Eu sou a árvore


Eu sou aquela árvore plantada junto a corrente das águas
um dia fui semente,misturada á  terra fértil
fui broto,fui frágil caule,
mas agora sou árvore.
As águas me regam
me alimentam
me refrigeram.
Os homens assentam-se a minha sombra sorrindo,
comem dos frutos
mas logo me deixam
Quando se faz inverno
No meu sofrimento mudo
permaneço  junto das águas
me refazendo
E quando as feridas cicatrizam
a solidão não mais me assusta
sinto uma força nova que vem
lá por dentro,na raiz
são  as  tenras  promessas
de uma nova estação
Eu sou aquela árvore junto a corrente das águas
minhas folhas se renovam,são remédio
os meus frutos novamente brotam
são alimento
e outra vez  vem os homens vem brincar e comer sob minha sombra
eles retornam por um tempo
 e  logo depois me abandonam
Eu  bem conheço o abandono dos homens
e a ele sobrevivo
O que eu não posso
é viver sem  o Rio
mesmo nos dias  frios de inverno.

Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.
Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.Salmo 1:1-3

(poesias e reflexões de *Alessandra Barcelos)

Nenhum comentário:

SEM FRONTEIRAS

type