sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Casa do Oleiro



  Olho para a página em branco
  Não me parece tão atraente agora.
  Olho pra mim mesma,
  pra minha alma,
  não há nada para ser exposto,
  é hora de  pano de linho embalsamado
  aplicado sobre feridas,
  curando em silencio.
  E eu desço a casa do Oleiro,
  eu respeito o tempo de estar encostado,
  fechado em quarto escuro,
  para meu próprio fortalecimento.
  Não me chamem
  Até que seja tempo de falar.
  Não me espremam,
 até que eu tenha beleza e utilidade para mostrar
  É tempo de pano de linho embalsamado
  Deixemos o Oleiro trabalhar.

poesias e reflexões de *Alessandra Barcelos
 

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SEM FRONTEIRAS

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